domingo, 14 de março de 2010

Minhas pequenas poesias


Quadras

Toda flor tem seu perfume
Cada qual sua qualidade,
Tem as que provocam ciúme,
Tem as que deixam saudade!


Você tem o perfume da flor,
Você tem o gosto do mel.
Você é o amor
Que eu pedi ao céu!

Quando as tardes estiverem frias,
O céu quando chover,
Não rias!
São os meus olhos que choram por não te ver!


Conta-se em verso e prosa
Aquilo que não se pode falar,
Entrega-se uma linda rosa
Àqueles que nos querem criticar!


Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ, março 2004







A estrada da vida

Não adianta fugir
Não adianta escapar,
Tudo tem que fluir
Tudo tem seu lugar.

Se você tem que ir
Não adianta parar,
É melhor prosseguir
E depois descansar.

Se você se ferir
É bom não chorar,
É melhor você rir
Para a dor logo passar.

Quando a porta se abrir,
Quando ao destino chegar,
Pensas que vai dormir,
Mas...é hora de trabalhar.

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ, 30/09/2003.
 





Cadeira vazia

Essa cadeira vazia
Pertence a você.
Você, que partiu um dia
Sem dizer o porquê.

Partiu, sem dizer para onde,
Partiu, sem dizer o motivo.
Hoje não sei onde se esconde
Mas de suas lembranças eu vivo.

Partiu, simplesmente partiu.
Partiu sem dizer adeus,
E minha alma sentiu
Caindo lágrimas dos olhos meus.

Essa cadeira vazia
Está esperando você.
Você, que partiu um dia
Sem dizer o porquê.


Antonio Nunes
10/09/2004.




Canta passarinho


Canta canta passarinho
Não pare de cantar,
Saia do seu ninho
Para o meu amor te admirar.

Que o seu cantar seja o meu canto
Que o seu cantar seja um sorriso,
Que espante qualquer pranto
E que só fique o paraíso.

Canta canta passarinho,
Cante sem parar.
Você não vai ficar sozinho
Outros a ti vão se juntar.

Juntos todos cantarão
Uma linda melodia,
Para alegrar o coração
Do meu amor por todo o dia!

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ 12/03/2004





Itaocara
Naquela pracinha fagueira
Ao canto dos passarinhos
Que não importam em mostrar seus ninhos,
Do rio cheguei à beira.

Com o olhar distante
Pude ver a serra,
Que é a marca da minha terra
E não pude seguir a diante.

Fiquei a olhar a ponte
Que tantas vezes passei,
Olhei a Igreja que já rezei,
Procurei a fonte e a encontrei.

Senti no momento o paraíso
Senti a brisa fresca no rosto,
Senti do mundo todo o gosto
E não pude resistir ao sorriso.

É bom voltar à terra
Sentir o solo
Dormir no colo
Acordar sem guerra.

Ficar parado
A olhar a ponte
A procurar a fonte
Sem ficar cansado.

Olhar o rio
Pisar na pedra lisa
Sentir a brisa
Sem sentir frio.


Não posso nunca esquecer
Desta pedra, que é Ita,
Que é tão bela, tão bonita,
E que sempre vou ter.

Vou sempre lembrar
Desta “Ocara”, que é Praça
E com toda graça,
Para ali, quero sempre voar.

Antonio Nunes
Itaocara, RJ, 08/10/2003.




Minha Terra Natalina



Neste torrão de terra

Numa manhã ensolarada,

Bem perto de uma serra

Dei meu choro de chegada.




"Mãe Lira" me aparou

E logo me acolheu,

Em suas mãos me segurou

E com suas preces me benzeu.



A terra natalina

Fica sempre na lembrança,

É a terra genuína

Para se cultivar a esperança.



Por terras distantes eu andei

E lindas terras conheci,

Igual a ti não encontrei

Nem de ti me esqueci.



És uma terra pequenina

Um raro quadro em aquarela,

És uma bela menina

Cujo nome é PORTELA!



Antonio Nunes

07/01/2010

Obs.: "Mãe Lira" era uma parteira daquela época, por cujas mãos muitas vidas vieram ao mundo.



Erros

Os erros que outrora cometi
Certamente não se repetirão,
Com o chicote da vida aprendi
A ver a vida com o coração.

Nem sempre os erros são sinais de tortura,
É caindo que se aprende a levantar.
Cada tombo é sempre amargura,
Mas são com eles que se aprende a levantar.

Erros, tantos erros cometidos.
Todos eles involuntários,
Alguns deles desmedidos
Outros tantos autoritários.

Uma mão que não foi estendida
Um abraço que não foi dado
Uma atenção esquecida
Um olhar que não foi olhado.

Ah! Mas quem nunca errou?
Todos têm seus defeitos,
E quem pela vida já passou
Sabe bem que não somos perfeitos!


Antonio Nunes

21/09/2004.



O nordestino

O nordestino é cabra da peste
Dorme em qualquer lugar,
Não importa como se veste
Está sempre pronto para sonhar!

Dorme numa boa cama
Mas prefere a sua rede,
Não é cabra que reclama
Dorme com fome e até com sede!

Se sua rede não estiver por perto
E a cama não existir,
Pode estar certo,
Ele não vai ficar sem dormir!

Se for preciso
Ele dorme no chão,
E se sente no paraíso
Porque tem amor no coração!

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ, 03/02/2004.



Se poeta eu fosse

Oh! Se poeta eu fosse
Falaria sempre do amor,
Da vida que é tão doce,
Louvaria qualquer flor.

Da lua não poderia esquecer,
Falaria das ondas do mar,
Da lareira de aquecer,
E da vida que se tem que amar.

Louvaria as manhãs risonhas,
Os verdes campos também,
As cachoeiras, rios e montanhas,
As serras, matas e até o além.

Oh! Se poeta eu fosse,
Viveria de sonhos,
A vida seria tão doce,
E os meus dias, todos risonhos.


Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, 03/02/2004.



Severino Vai, Severino retirante,
Procurar o seu destino (se é que você o tem).
Vai, Severino, para uma terra bem distante,
E lá, quem sabe, você possa viver bem.

Vai, Severino, siga a sua vida
Andando de “déu em déu”,
Essa vida tão sofrida
Que amarga mais que o fel.

E você ama a sua vida
Essa vida maltratada,
Cheia de sofrimento e caminhada.

Mas essa vida tão sofrida
É por você tão amada,
Pois foi a vida que lhe foi dada.

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, janeiro 1995




Sonhos
Nos devaneios da vida
Perdi-me na escuridão do labirinto.
Procurei uma saída,
Sem êxito, me embriaguei com absinto.

Pensando estar lúcido
Caminhei por entre as trilhas.
Caminhei,
Cansei,
Parei,
Deitei e
Adormeci.

De repente ouço uma voz tugir;
Abri os olhos e vi que a escuridão não mais existia.
Levantei e vi que era hora de partir.

Uma porta se abriu
Uma luz surgiu
Os pássaros cantaram.

Vi que amanhecia.


Antonio Nunes
28/07/2004







Os calos de tua mão


Os calos de tua mão
Por vezes te deixa acanhado,
Deixa triste teu coração
E teu ser fica amargurado.

Tua vida foi lidar com a terra
Com a lavoura e com o gado,
Na planície ou na serra
Com a enxada e com o arado.

Por toda essa lida
Teus calos se afloraram,
São marcas de tua vida
Que em tuas mãos ficaram.

Não fiques por teus calos acanhado
Nem deixes triste teu coração,
Nem tão pouco fiques amargurado
Pois eles são as marcas de tua missão.

Orgulha-te dos calos de tua mão
São eles teu melhor documento,
Prova de teu trabalho e dedicação.
Exibe-os, sem o menor constrangimento!
Antonio Nunes
Dezembro 2009.

sábado, 13 de março de 2010

Fragmentos de meus pensamentos






                     O rio e a nossa vida
O rio se assemelha à nossa vida. Nasce pequenino, e vai aos poucos crescendo. Recebe outras águas e vai descendo.

No seu percurso enfrenta chuvas e tempestades, ventanias e crueldades.

Passa por corredeiras, bate em pedras e prossegue em seu destino.
Às vezes fica largo, outras fica estreito.
Às vezes maltratado, outras vezes admirado.
Como a vida, em determinado momento chega ao derradeiro final. Não tem como voltar, ali é preciso morrer como rio e fazer parte do outro plano, que é o oceano.

Antonio Nunes
Campos dosGoytacazes, 19/03/2004




                       O caminho da Perfeição


     Embora tenhamos que viver dentro das limitações do nosso presente, nosso pensamento deve transpor tais limitações, e ir muito além, pois à medida que os nossos pensamentos transpõem as limitações o nosso presente, nós crescemos.
     Devemos empregar todos os esforços para cumprir nossos deveres do presente, mas com o pensamento sempre em coisas maiores e então veremos que as coisas maiores se aproximarão de nós.
    O nosso desenvolvimento real, o caminho longo e difícil para a perfeição dependerá sempre do aprimoramento da nossa consciência, e, como a aprimoramento da nossa consciência é ilimitado, então estaremos sempre em condições de crescer; porém esse processo dependerá sempre de nossa força de vontade.
    Mesmo que não sejamos Perfeitos, (e certamente jamais seremos Perfeitos), o Caminho da Perfeição deve ser um objetivo daqueles que desejam ser felizes, daqueles que desejam vencer na vida, daqueles que desejam viver ..., portanto, sigamos o “Caminho da Perfeição”.

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, 1990.


                        O Edifício da Vida

Diante os destroços de ontem, lance fortes pedras angulares de determinação e construa o edifício de sua vida.
Trabalhe com paciência, tenha fé em Deus e amor no coração e verás que dia a dia o edifício crescerá.
Não temas os obstáculos que por ventura surjam em ter caminho, com confiança e força de vontade todos eles poderão ser transpostos.
Não temas a vida, ela é para ser vivida.
Não temas a morte, afinal, ela é apenas a nossa última iniciação deste plano;
Portanto, viva...

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ, 13/04/2004.


                     O Viajante Orgulhoso

     Nos idos anos de 1950, no interior do Estado do Rio de Janeiro, o transporte de passageiros era basicamente o transporte ferroviário. O trem era o transporte mais comum e mais usado para pequenas e longas distâncias.
     Em uma dessas viagens, um determinado viajante, muito elegante, com seu terno de linho, camisa de casimira azul e seu chapéu de “panamá” viajava muito tranqüilo e confiante. Tinha um “ar” de superioridade e logo se notava que ele era um tanto orgulhoso. Tão orgulhoso que se sentou separadamente dos demais e não dava conversa a ninguém.
     Era um mês de janeiro, e fazia muito calor, e lá ia o trem, com sua locomotiva “Maria Fumaça” fazendo o seu percurso tranquilamente, quando, de repente, um dos vagões saiu dos trilhos (descarrilou)!!!
    O trem parou. Os passageiros, devido saberem que tal ocorrência iria demorar horas e horas, desceram do trem e se colocaram a caminhar pelo leito da linha para chegarem até a próxima estação. Aquele viajante todo orgulhoso, vendo a situação, não se conteve e acompanhou os demais passageiros.
    Naquele calor infernal de janeiro, todos estavam com sede; e a sede ia aumentando à medida que iam caminhando!
    Depois de longa caminhada, encontraram à beira da linha, uma casinha muito humilde, e resolveram bater palmas para serem atendidos a fim de saciarem a sede.
    Prontamente foram atendidos por uma simpática velhinha de uns oitenta anos, que lhes ofereceu a água pedida, lhes mostrando a velha moringa de barro onde estava a água e uma única xícara de louça, a qual, a bem da verdade, tinha um quebradinho em sua borda.
    Todos beberam da água e ficaram satisfeitos!!!
    Aquele nosso viajante, um tanto ORGULHO, ficou por último; e meio receoso, (para não dizer com nojo), pegou aquela xícara com a borda quebrada, lavou-a e pensou: “Vou beber a água pelo lado quebrado da xícara, pois neste quebradinho essa velhinha não deve beber água”, e assim o fez.
    Mas... triste ironia!!!
   Quando ele acabou de beber a água pelo quebradinho da xícara, a velhinha, muito simpática, logo exclamou:
    Oh! Que bom!!! Ele tem o mesmo gosto que eu!!!
    Eu só bebo água pelo quebradinho desta xícara!!!

=================
Moral da história:
Cada um define a moral da história, mas... a HUMILDADE é uma grande Virtude e deve ser cultivada por todos.

Antonio R. Nunes de Oliveira
1995.


                                   Prata da Casa

     “Seu” José era um comerciante, e como tal, tinha “conta” em um determinado banco, e era “Cliente Especial”.
     Com o passar do tempo, “seu” José ficou muito conhecido de todos no “banco” onde ele tinha conta e que era “cliente especial”. Gerente, caixas, atendentes, e todos no banco o conheciam e o tratavam muito bem, inclusive chamando-o de “PRATA DA CASA”.
     “Seu” José às vezes chegava ao balcão para ser atendido e enquanto era atendido, o funcionário do banco tinha tanta liberdade com ele que o deixava esperando a fim de atender algum outro cliente novo; afinal, “Seu” José era “Prata da Casa” e saberia compreender e esperar pois o atendente tinha que atender muito bem os clientes novos, e “Seu” José, como já era da casa, poderia esperar um pouquinho.
     Muitas vezes isto aconteceu.
     Mas... um certo dia, quando deixaram “Seu” José esperando para atender um certo cliente novo, o mesmo falou:
     -Pode atender o “Seu” José, afinal ele chegou primeiro.
     O atendente prontamente respondeu:
    - Olha, vou te atender primeiro, o “Seu” José já é Prata da Casa, é cliente antigo, já faz parte do banco, não é mesmo “Seu” José?
     O cliente novo, depois de ser atendido ficou parado, analisando o ocorrido e depois de muito refletir, chegou à conclusão:
     - Veja bem, hoje que sou cliente novo estou sendo muito bem tratado, mas daqui a algum tempo vou virar “Prata da Casa”, igual ao “Seu” José e certamente vou ter que ficar tempos esquecidos esperando para ser atendido. Olha, eu vou é procurar outro banco para ser cliente!!!
    “Seu” José por sua vez, depois de muito tempo, cansou de ser aquela “Prata da Casa” e tratou de procurar outro banco para movimentar sua conta.
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Conclusão:
As “Pratas da Casa” devem ser as primeiras a serem cuidadas e conservadas.
Antonio R. Nunes de Oliveira
1995




segunda-feira, 8 de março de 2010




O Crescimento do Ser Humano

Introdução

O trabalho a seguir é rudimentar e simples. Completamente inacabado levando em consideração que o assunto abordado é vastíssimo. No entanto, se eu fosse esperar pela perfeição, o mesmo jamais seria escrito.
Este trabalho que ora tenho a satisfação de apresentar é, antes de tudo, produto de reflexão e meditação, da observação sobre o comportamento do Ser Humano e de minha vivência durante estes 52 anos de vida.
Não existe neste trabalho nenhuma intenção de passar lições de moralidade, mas apenas repartir aquilo em que acredito e procuro sinceramente viver.
Nesta época em que vivemos, de correria e transformações rápidas, faz-se necessário, cada vez mais necessário, que olhemos para o nosso interior; para que possamos melhor nos conhecermos.


Peço desculpas pelos erros que serão encontrados, e ao mesmo tempo dirijo meus agradecimentos pela leitura do mesmo.

Espero que quem leia o referido trabalho, no final da leitura, reflita e encontre uma maneira de se tornar melhor, pois o crescimento do SER HUMANO está dentro de nós.

Um abraço.

Antonio Nunes
08/03/2010.



O homem - Indivíduo

O homem é um ser eminentemente social e sociável. Não nasceu para viver sozinho. Desde o princípio dos tempos iniciou sua jornada procurando se associar a outros. No início, timidamente; posteriormente com mais freqüência, o homem logo se deu conta de que não poderia viver sozinho, ou de que não deveria viver sozinho, sendo mais vantajoso, em todos os aspectos viver em conjunto, formando assim a sociedade; tornando-se “Cidadão”.


O homem – Cidadão

Tendo o homem se tornado social, vivendo em sociedade, passou então a ser um “cidadão”. (“Cidadão” origina-se da palavra latina “civis”, que significa habitante da cidade (civitas, em latim)).



Desta forma, “cidadão” é o indivíduo que aprendeu as normas de convivência em sociedade; que sabe comportar-se adequadamente, respeitando as normas e as leis existentes para a boa convivência; tem consciência dos seus direitos, mas também, e principalmente também dos seus deveres.




Instituições Fundamentais para o Homem

A Família

Inúmeras são as Instituições que existem no mundo; no entanto, a Instituição chamada “Família” é a fundamental. A “Família” é a base sólida de toda e qualquer sociedade. Composta da união de duas pessoas, podendo desta união resultar no nascimento e criação de filhos.



Cada “Família” procura, dentro de suas possibilidades, manter o sustento e a educação de seus membros, promovendo assim o progresso e o desenvolvimento.




A Escola

A Instituição “Escola” é uma instituição de grande importância como agente formador e fortalecedor do caráter das pessoas.



Como agente formador a Instituição “Escola” influência direta e indiretamente na formação do caráter de cada pessoa. Diretamente através dos conteúdos programáticos oferecidos nas salas de aula; indiretamente através da convivência durante o ano letivo; dos exemplos que são observados, etc.



Como agente fortalecedor a Instituição “Escola” além de transmitir os conteúdos programáticos, promover a formação moral, cívica e humana, também promove o aprimoramento do Caráter e da Moral de seus alunos.



Portanto, depois da Instituição “Família”, a Instituição “Escola” é de suma importância para cada “Cidadão”.






A Formação do Ser Humano


Normalmente, desde tenra idade, os pais (Instituição Família), procuram educar seus filhos com a intenção de que eles venham a se tornar adultos responsáveis; que vençam na vida, e que venham a ser verdadeiros cidadãos.



Com o ingresso na escola (Instituição Escola), as crianças ali têm outras tantas instruções que as ajudam em sua formação como “Ser Humano”.



Nesta formação do “Ser Humano” muito ajuda se o “Ser” em formação for educado com carinho e amor; e se o mesmo for incentivado a desenvolver certos sentimentos que podemos chamar de “Virtudes”; e igualmente se for incentivado a evitar certos sentimentos que podemos chamar de “Pecados”.



Ninguém é perfeito. Todos têm defeitos; uns mais, outros menos, mas o certo é que ninguém é perfeito. Mas... neste mundo de imperfeições, procurar desenvolver “Virtudes” em nosso “Ser Humano” é sem dúvida importantíssimo; assim como também é importantíssimo evitar os pecados, os erros, os vícios, etc.

Inúmeras são as Virtudes existentes, as quais muitas vezes ficam latentes no indivíduo. Procurar observar, estudar e praticar as virtudes, afim de que as mesmas se tornem um hábito saudável é essencial na formação do bom Caráter e na Moral do cidadão.



Da mesma forma, inúmeros são os pecados, os erros e os vícios existentes, e procurar observá-los, estudá-los e principalmente EVITÁ-LOS, também será importantíssimo para a formação do bom Caráter e na moral do cidadão.



Não basta somente e tão somente evitar os pecados e os erros; é necessário, e cada vez mais necessário e saudável que cada cidadão procure observar e praticar as virtudes. Não que o indivíduo (cidadão) queira ser melhor do que o seu semelhante; mas sim porque ele deve entender que é igual ao seu semelhante; que somos todos iguais perante os olhos de Deus, nosso Senhor e Criador, e que, portanto, somos todos Irmãos.


Das Virtudes e dos Pecados (erros, vícios, etc.)

Das Virtudes

O significado de Virtude tem algumas particularidades, mas a Virtude a que estamos nos referindo, essa que é normalmente conhecida, é “a disposição natural e desinteressada da alma (do ser humano) que induz à prática do bem, das boas ações, do que é bom.



Como já foi escrito, inúmeras são as Virtudes existentes, no entanto, neste pequeno trabalho, descreveremos as chamadas “Virtudes Teologais” (total de 3) e “Virtudes Cardinais” (também chamadas de “Virtudes Cardeais”) (total de 4), que ao todo são sete, e que se observadas, estudadas e praticadas, serão de grande importância para o aperfeiçoamento do Ser Humano.




Virtudes Teologais

Três são as Virtudes Teologais:

- Fé;
- Esperança e
- Caridade


A Fé, a Esperança e a Caridade são as três Virtudes Teologais, e certamente quem tem um pouco destas três grandes Virtudes, consegue transpor os obstáculos que a vida por vezes reserva com um leve sorriso nos lábios.





A “Fé” consiste na confiança e na entrega do homem às coisas de Deus; na aceitação e no acreditar na Palavra de Deus. ´

Esperança

A “Esperança” consiste no desejo e espera da boa ventura. Quem tem esperança sempre espera por dias melhores e confia nesta espera com paciência e resignação. A Esperança é a âncora de toda pessoa que tem na palavra de Deus o seu sustentáculo.

Caridade

A “Caridade” consiste em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. A Caridade é o verdadeiro amor fraternal.



Virtudes Cardinais (ou Cardeais)

Quatro são as Virtudes Cardinais (ou Cardeais):

- Prudência;
- Justiça;
- Fortaleza e
- Temperança.

Prudência

A “Prudência” consiste no sentimento de comedimento, de cautela e de precaução.

Justiça

A “Justiça” consiste no sentimento de dar aos outros o que lhes é devido e merecido.

Fortaleza

A “Fortaleza” consiste no sentimento de ser firme em seus propósitos; podendo assim resistir às eventuais dificuldades sempre com firmeza.

Temperança

A “Temperança” consiste no sentimento de moderação dos apetites e paixões.





Dos Pecados (erros, vícios, etc.)

O significado de “Pecado” tem algumas particularidades. O “Pecado” sempre foi um termo principalmente usado dentro do contexto religioso, significando a transgressão às Leis de Deus. Mas o “Pecado” de que estamos nos referindo, esse que normalmente é conhecido, é a transgressão às Leis de Deus e também às Leis do Homem; é o erro, o vício, etc.

Como também já foi dito, inúmeros são os pecados, erros e vícios existentes, no entanto, neste pequenino trabalho, descreveremos os chamados “Pecados Capitais”, que são sete, os quais, deverão ser observados, estudados e principalmente EVITADOS, para a formação do bom caráter e da moral do cidadão.

Os sete Pecados Capitais:

- Orgulho (ou vaidade);
- Inveja;
- Ira;
- Preguiça;
- Avareza;
- Gula e
- Luxúria.


Orgulho (ou vaidade)

O “Orgulho” (ou vaidade) consiste no sentimento de ser melhor do que os outros; de se mostrar melhor do que os outros; de querer se projetar sobre os outros.
Combate-se o “Orgulho” (ou a vaidade) com a HUMILDADE.

Inveja

A “Inveja” consiste no sentimento do desgosto pelo bem ou felicidade dos outros e no desejo de possuir o bem alheio.
Combate-se a “Inveja” com a CARIDADE.

Ira

A “Ira” consiste no sentimento de desejo de vingança e na perda do controle emocional diante de situações dificultosas.
Combate-se a “Ira” com a PACIÊNCIA.

Preguiça

A “Preguiça” consiste no sentimento de falta de objetivo na vida; é não lutar, não ter decisões, não ter objetividade.
Combate-se a “Preguiça” com a PRESTEZA.

Avareza

A “Avareza” consiste no sentimento de apego sórdido às coisas materiais; ao dinheiro.
Combate-se a “Avareza” com a GENEROSIDADE.

Gula

A “Gula” consiste no sentimento de exagero em seus apetites e paixões.
Combate-se a “Gula” com a TEMPERANÇA.

Luxúria

A “Luxúria” consiste no sentimento de querer viver com as melhores coisas; usufruindo sempre das melhores coisas.
Combate-se a “Luxúria” com a SIMPLICIDADE.



Conclusão deste trabalho

O homem, indivíduo, cidadão, tem no seu ciclo de vida o Nascimento, a Vida e a Morte. É o Princípio, o Meio e o Fim. Nasce aprendendo, vive aprendendo e morre aprendendo. Ele será sempre um Aprendiz da vida, um eterno Aprendiz.



Aquele que se julga completo, que acredita que já sabe tudo, certamente que ainda tem muito a aprender.

Que Deus, nosso Senhor e Criador, nos ilumine a todos! Assim Seja!

Um abraço.

Antonio R. N. de Oliveira

Campos dos Goytacazes, RJ, 08 de março de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010













Minha Terra Natalina





Neste torrão de terra

Numa manhã ensolarada,

Bem perto de uma serra

Dei meu choro de chegada.




"Mãe Lira" me aparou

E logo me acolheu,

Em suas mãos me segurou

E com suas preces me benzeu.



A terra natalina

Fica sempre na lembrança,

É a terra genuína

Para se cultivar a esperança.



Por terras distantes eu andei

E lindas terras conheci,

Igual a ti não encontrei

Nem de ti me esqueci.



És uma terra pequenina

Um raro quadro em aquarela,

És uma bela menina

Cujo nome é PORTELA!




Antonio Nunes

07/01/2010

Obs.: "Mãe Lira" era uma parteira daquela época, por cujas mãos muitas vidas vieram ao mundo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

História de Itaocara e Portela, RJ

A História
Pelos idos anos de 1750/1800, a colonização do Brasil estava ainda no início. Em nossa região não foi diferente, e os colonizadores da região, religiosos Capuchinhos, partindo da Vila de São Salvador dos Campos, atual Campos dos Goytacazes, chegaram às terras onde hoje é São Fidélis em 1780. Ali promoveram o desbravamento e a colonização, construindo uma Capela em louvor a "São Fidélis de Sigmaringa" e formando uma Aldeia.
Nesta região, devido constantes conflitos entre os índios Coroados e Puris, os religiosos Capuchinhos resolveram então criar uma nova Aldeia com a finalidade de pacificar as duas tribos, e partiram subindo o rio Paraíba do Sul.
Sob a chefia de Frei Tomás, após longo tempo de caminhada, os Capuchinhos chegaram em 1809 às terras onde hoje é Itaocara; e, diante da beleza do local, resolveram ali fixar a nova Aldeia.
À nova Aldeia, os Capuchinhos deram o nome de São José de D. Marcos, em homenagem ao vice rei, nome que não criou raízes. Os habitantes locais logo se habituaram a chamar a Aldeia de "Aldeia da Pedra", em referência ao penhasco existente na outra margem do Rio Paraíba do Sul, denominada hoje de "Serra da Bolívia", popularmente conhecida como "Serra de Itaocara".
Em 24/11/1812, a Aldeia foi elevada a "Curato de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra".
Em 21/03/1850, o lugar foi elevado à "Freguesia de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra".
Em 28/10/1890, foi finalmente criado o Município de Itaocara, nome indígena, que significa:
ITA - Pedra
OCARA - Aldeia ou praça, significando portanto, "Aldeia de Pedra".
Assim surgiu Itaocara, nosso Município querido!!!
Hoje o Município de Itaocara é ordenado em 6 Distritos:
1º Distrito - Sede - Itaocara
2º Distrito - Laranjais
3º Distrito - Portela
4º Distrito - Jaguarembé
5º Distrito - Estrada Nova e
6º Distrito - Batatal.
A formação de Portela
Em 1885 a Estrada de Ferro Cantagalo tinha sua Estação terminal na Freguesia de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra (atual Itaocara). Neste ano uma Lei Provincial autorizou o seu prolongamento até o lugar em frente à Estação de Três Irmãos, do outro lado do rio, que já existia desde o ano de 1883.
Em 12/03/1890 foi inaugurada a Estação no lugar determinado; e em homenagem ao Governador do Estado, Francisco Portela, ficou denominada como "Estação de Portela" (PT Portela). A partir de então, o povoado foi se formando ao redor da Estação, já com a denominação de "PORTELA".
O Dr. José Joaquim de Almeida Alves da Cunha, Engenheiro, proprietário de terras no local, providenciou um loteamento, organizando e demarcando ruas e praças.
A Câmara Municipal de Itaocara também promoveu venda de terrenos no local, para que o mesmo prosperasse.
Em 08/04/1890, em face de existir a Estação Ferroviária no local, foi criado a Agência dos Correios em Portela.
Em dezembro de 1904 foi criada uma comissão para edificação da Igreja de Santa Beatriz.
Em 09 de novembro de 1915 pela Lei Estadual nº 1.267 a Sede do 3º Distrito de Itaocara (que até então era Três Irmãos), passou a ser PORTELA; e no dia 20 de janeiro de 1916 a Câmara Municipal de Itaocara declarava Instalada a Sede do 3º Distrito do Município em PORTELA, ficando Três Irmãos pertencendo ao Distrito de Portela.
Em 28 de janeiro de 1944 as terras pertencentes a Três Irmãos, na outra margem do rio, foram desmembradas do Município de Itaocara, passando a pertencerem ao Município de Cambuci.
Observação:
O Distrito de Portela é composto, além da sede do Distrito, pelas localidades da "Bóia", "Vista Alegre" e "Valão do Papagaio", que são partes integrantes e importantes de nossa amada PORTELA.
Assim surgiu PORTELA, nossa terra querida!!!
Antonio R. Nunes de Oliveira
04/01/2010

domingo, 3 de janeiro de 2010


Bem vindo ao nosso Blog!


Este Blog está sendo criado com a finalidade principal de mostrar e divulgar sucintamente a História, fotos, fatos e curiosidades de Portela, 3º Distrito do Município de Itaocara, RJ (minha terra querida); bem como mostrar alguns de meus escritos e algumas de minhas pobres poesias que esporadicamente escrevo. Antecipadamente peço desculpas pelos erros que eventualmente serão encontrados, ou melhor, pelos erros que certamente serão encontrados.



Um abraço.


Antonio


03/01/2010