sábado, 13 de março de 2010

Fragmentos de meus pensamentos






                     O rio e a nossa vida
O rio se assemelha à nossa vida. Nasce pequenino, e vai aos poucos crescendo. Recebe outras águas e vai descendo.

No seu percurso enfrenta chuvas e tempestades, ventanias e crueldades.

Passa por corredeiras, bate em pedras e prossegue em seu destino.
Às vezes fica largo, outras fica estreito.
Às vezes maltratado, outras vezes admirado.
Como a vida, em determinado momento chega ao derradeiro final. Não tem como voltar, ali é preciso morrer como rio e fazer parte do outro plano, que é o oceano.

Antonio Nunes
Campos dosGoytacazes, 19/03/2004




                       O caminho da Perfeição


     Embora tenhamos que viver dentro das limitações do nosso presente, nosso pensamento deve transpor tais limitações, e ir muito além, pois à medida que os nossos pensamentos transpõem as limitações o nosso presente, nós crescemos.
     Devemos empregar todos os esforços para cumprir nossos deveres do presente, mas com o pensamento sempre em coisas maiores e então veremos que as coisas maiores se aproximarão de nós.
    O nosso desenvolvimento real, o caminho longo e difícil para a perfeição dependerá sempre do aprimoramento da nossa consciência, e, como a aprimoramento da nossa consciência é ilimitado, então estaremos sempre em condições de crescer; porém esse processo dependerá sempre de nossa força de vontade.
    Mesmo que não sejamos Perfeitos, (e certamente jamais seremos Perfeitos), o Caminho da Perfeição deve ser um objetivo daqueles que desejam ser felizes, daqueles que desejam vencer na vida, daqueles que desejam viver ..., portanto, sigamos o “Caminho da Perfeição”.

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, 1990.


                        O Edifício da Vida

Diante os destroços de ontem, lance fortes pedras angulares de determinação e construa o edifício de sua vida.
Trabalhe com paciência, tenha fé em Deus e amor no coração e verás que dia a dia o edifício crescerá.
Não temas os obstáculos que por ventura surjam em ter caminho, com confiança e força de vontade todos eles poderão ser transpostos.
Não temas a vida, ela é para ser vivida.
Não temas a morte, afinal, ela é apenas a nossa última iniciação deste plano;
Portanto, viva...

Antonio Nunes
Campos dos Goytacazes, RJ, 13/04/2004.


                     O Viajante Orgulhoso

     Nos idos anos de 1950, no interior do Estado do Rio de Janeiro, o transporte de passageiros era basicamente o transporte ferroviário. O trem era o transporte mais comum e mais usado para pequenas e longas distâncias.
     Em uma dessas viagens, um determinado viajante, muito elegante, com seu terno de linho, camisa de casimira azul e seu chapéu de “panamá” viajava muito tranqüilo e confiante. Tinha um “ar” de superioridade e logo se notava que ele era um tanto orgulhoso. Tão orgulhoso que se sentou separadamente dos demais e não dava conversa a ninguém.
     Era um mês de janeiro, e fazia muito calor, e lá ia o trem, com sua locomotiva “Maria Fumaça” fazendo o seu percurso tranquilamente, quando, de repente, um dos vagões saiu dos trilhos (descarrilou)!!!
    O trem parou. Os passageiros, devido saberem que tal ocorrência iria demorar horas e horas, desceram do trem e se colocaram a caminhar pelo leito da linha para chegarem até a próxima estação. Aquele viajante todo orgulhoso, vendo a situação, não se conteve e acompanhou os demais passageiros.
    Naquele calor infernal de janeiro, todos estavam com sede; e a sede ia aumentando à medida que iam caminhando!
    Depois de longa caminhada, encontraram à beira da linha, uma casinha muito humilde, e resolveram bater palmas para serem atendidos a fim de saciarem a sede.
    Prontamente foram atendidos por uma simpática velhinha de uns oitenta anos, que lhes ofereceu a água pedida, lhes mostrando a velha moringa de barro onde estava a água e uma única xícara de louça, a qual, a bem da verdade, tinha um quebradinho em sua borda.
    Todos beberam da água e ficaram satisfeitos!!!
    Aquele nosso viajante, um tanto ORGULHO, ficou por último; e meio receoso, (para não dizer com nojo), pegou aquela xícara com a borda quebrada, lavou-a e pensou: “Vou beber a água pelo lado quebrado da xícara, pois neste quebradinho essa velhinha não deve beber água”, e assim o fez.
    Mas... triste ironia!!!
   Quando ele acabou de beber a água pelo quebradinho da xícara, a velhinha, muito simpática, logo exclamou:
    Oh! Que bom!!! Ele tem o mesmo gosto que eu!!!
    Eu só bebo água pelo quebradinho desta xícara!!!

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Moral da história:
Cada um define a moral da história, mas... a HUMILDADE é uma grande Virtude e deve ser cultivada por todos.

Antonio R. Nunes de Oliveira
1995.


                                   Prata da Casa

     “Seu” José era um comerciante, e como tal, tinha “conta” em um determinado banco, e era “Cliente Especial”.
     Com o passar do tempo, “seu” José ficou muito conhecido de todos no “banco” onde ele tinha conta e que era “cliente especial”. Gerente, caixas, atendentes, e todos no banco o conheciam e o tratavam muito bem, inclusive chamando-o de “PRATA DA CASA”.
     “Seu” José às vezes chegava ao balcão para ser atendido e enquanto era atendido, o funcionário do banco tinha tanta liberdade com ele que o deixava esperando a fim de atender algum outro cliente novo; afinal, “Seu” José era “Prata da Casa” e saberia compreender e esperar pois o atendente tinha que atender muito bem os clientes novos, e “Seu” José, como já era da casa, poderia esperar um pouquinho.
     Muitas vezes isto aconteceu.
     Mas... um certo dia, quando deixaram “Seu” José esperando para atender um certo cliente novo, o mesmo falou:
     -Pode atender o “Seu” José, afinal ele chegou primeiro.
     O atendente prontamente respondeu:
    - Olha, vou te atender primeiro, o “Seu” José já é Prata da Casa, é cliente antigo, já faz parte do banco, não é mesmo “Seu” José?
     O cliente novo, depois de ser atendido ficou parado, analisando o ocorrido e depois de muito refletir, chegou à conclusão:
     - Veja bem, hoje que sou cliente novo estou sendo muito bem tratado, mas daqui a algum tempo vou virar “Prata da Casa”, igual ao “Seu” José e certamente vou ter que ficar tempos esquecidos esperando para ser atendido. Olha, eu vou é procurar outro banco para ser cliente!!!
    “Seu” José por sua vez, depois de muito tempo, cansou de ser aquela “Prata da Casa” e tratou de procurar outro banco para movimentar sua conta.
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Conclusão:
As “Pratas da Casa” devem ser as primeiras a serem cuidadas e conservadas.
Antonio R. Nunes de Oliveira
1995




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